A unificação dos Ensinos técnico-profissional e liceal realiza-se em 1976, com as alterações que se seguem à Revolução de Abril. A partir 1978 (dec lei n.º 80/78 de 27 de Abril), as escolas industriais e os liceus, de orientações diversas, passam à tipologia única de “Escolas Secundárias”. Nesta sequência, o Governo da República determina, que, tal como no continente, nas ilhas, as suas designações sejam fixadas pelos respetivos governos. O Governo da Região Autónoma da Madeira, em 11 de Janeiro de 1979, decide que, para esse fim, deveriam ser usados nomes de vultos madeirenses, deixando a decisão da escolha do patrono a cada comunidade escolar. Esta escola escolheu para seu patrono o escultor modernista madeirense Francisco Franco.
A Escola Secundária Francisco Franco habita o edifício construído de raiz, ao longo da década de 50, com projeto do arquiteto António do Couto Martins, para a Escola Industrial e Comercial António Augusto de Aguiar. É, portanto, uma obra do Estado Novo e enquadra-se na fase nacionalista do modernismo português. A história desta escola cruza-se por isso com a do ensino industrial, criado no Funchal pelo decreto de 10 de Janeiro de 1889. A escola de Desenho Industrial do Funchal, que começou por se designar Josefa d’Óbidos, adquiriu, em 1891, o nome do ministro António Augusto de Aguiar, responsável por importantes reformas no ensino técnico. Passou à condição de Escola Industrial em 5 de Outubro de 1893 e, com as alterações do Decreto de 11 de Setembro de 1925, integrou o Ensino Comercial.
Ao longo desses anos à medida das necessidades impostas pelas reformas do ensino português e do aumento do número de cursos e alunos, a única escola pública de ensino técnico do Funchal, habitou quatro edifícios arrendados: Rua de Santa Maria (1889-1891)Palácio de São Pedro (1891-1896)Rua de João Tavira (1896-1938), Rua das Hortas/Travessa do Nogueira (1938-1958) até, finalmente, se instalar no edifício da Rua João de Deus, onde se encontra hoje a Francisco Franco. Os seus antecedentes de escola de ensino técnico, profissional (vertentes de eletricidade, mecânica e construção civil) e artístico, para que estava apetrechada em recursos humanos e materiais, determinaram alguma predominância destas vertentes, na atual escola, nos cursos das reformas de 1986 e 1991, sem que tivessem sido esquecidas as outras opções curriculares. Na década de 80, as escolas secundárias Francisco Franco e a Jaime Moniz são, ainda, as que recebem os alunos de toda a ilha, por inexistência deste tipo de equipamento nos outros concelhos. A massificação do ensino verificada desde o final dos anos 80 pressionou a construção de novas escolas, vindo a verificar-se nos últimos anos uma baixa significativa do número de alunos em relação aos que a ESFF suportara no início da década de 90.